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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

VINGANÇA ALÉM DA VIDA

Dezembro de 1970. Maria Tereza acordou naquela manhã de sábado com uma estranha sensação tomando conta de seu espírito.  Abriu a enorme janela que dava para a sacada, ficou uns instantes se espreguiçando molengamente e olhando para o jardim da frente da casa. Sentiu o perfume das flores penetrando suavemente em suas narinas. Os pardais faziam festa e podia se ouvir o zumbido de abelhas em uma colméia próxima. A inquietação fazia seu coração palpitar acelerado. Desceu para tomar café, a mãe fizera bolo de cenoura, o seu preferido. Conversaram um pouco e ela avisa que ira visitar uma amiga. A mãe ficou tranqüila e feliz, pois tem certeza que a filha terminou o namoro que incomoda todos naquela casa. Maria Tereza sempre fora uma filha exemplar, estuda em um tradicional Colégio de freiras, o melhor da cidade, está com dezesseis anos de idade e namorando pela primeira vez. Conhecera o namorado na porta da escola, onde era costume naquela época a rapaziada “fazer soca” para paquerar as estudantes. Mês de fevereiro inicio das aulas, tudo era novidade, Maria Tereza conversava alegremente com as amigas quando pressentiu que alguém a olhava. Ao virar-se ficou frente a frente com um jovem sedutor, de olhos e sorrisos que lhe atraíram como um imã. Ele tomou a iniciativa de se apresentar, desde então se encontravam todos os dias, iam ao cinema; tomavam sorvete; reuniam-se com os amigos num lugar chamado Vereda, local cheio de trilhas e de lindas quedas d’água, assim cada dia mais apaixonados o amor que os unia se fortalecia. Quando Maria Tereza tomou a decisão de apresentá-lo aos pais,  julgou que seria aceito e amado também pela família. Ledo engano, o namorado tornou- se persona non grata em sua casa. A pressão para o término do namoro tornou- se insuportável, Maria Tereza sofria muito, em casa ficava triste e calada. Mas nada comovia seus pais que não aceitavam de maneira alguma o relacionamento da filha. Ela mentira dizendo que terminara o namoro. Em contrapartida o namorado é extremamente passional e do seu jeito faz enorme pressão psicológica em Maria Tereza, o ódio pela família dela tornou-se tão grande quanto seu amor pela namorada. Ele lhe pedia provas de seu amor, e Maria Tereza sempre lhe dava demonstrações de que o amava incondicionalmente. Mas naquela manhã de sábado, Maria Tereza lhe daria a maior prova de todas. Eles combinaram de se encontrar às 10h, fariam um passeio sem volta até uma cachoeira afastada da cidade. Ela não contou a ninguém aonde iam, era um segredo dos dois. Ela amarrou os cabelos num grande rabo de cavalo, vestiu seu jeans, calçou o tênis e foi ao encontro do namorado que a esperava no automóvel do pai. No chão do veículo dentro de um saco plástico estavam duas facas de açougueiro muito afiadas...
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niveaveiga@hotmail.com

Nívea Sabino

Um comentário:

  1. Gostei deveras. O conto a ele nos gruda. Li-o de "um fôlego só". É por demais verossímel e compatível com a realidade dos amantes "do dia-a-dia".
    Suspense, até.

    Parabéns, Nívea!

    Robério Matos

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